Hans
Christian Andersen (1805-1875)
Nasceu em Odense, Dinamarca, no dia 2 de abril de 1805.
Ainda muito jovem teve que trabalhar para se manter. Abandonou os estudos por
falta de recursos. Começou a criar contos e pequenas peças teatrais. Vai para
Compenhague, mas não encontra ninguém que o ajude ou empregue. Estuda balé, mas
é atraído pelo teatro. Por sorte, duas
peças suas chegaram às mãos do conselheiro de Estado, que ofereceu-lhe uma
bolsa de estudos. Passou seis anos na escola de Slagelse, terminando o curso
com 22 anos. Para sair da crise financeira, escreveu histórias infantis,
baseadas no folclore dinamarquês, as quais foram um sucesso e lhe deram fama.
Obras:
A Agulha de Cerzir; A Margaridinha; A Pastora e o Limpador
de Chaminés; A Pequena Sereia;
A Pequena Vendedora de Fósforos; A Roupa Nova do Rei; As Cegonhas; As Galochas da Fortuna;
Histórias Que o Vento Contou; João-Pato; Nicolau o Grande e Nicolau Pequeno; O Companheiro de Jornada; O Guardador de Porcos; O Isqueiro Mágico; O Jardim do Paraíso; O Menino Mau; O Patinho Feio; O Rouxinol; O Sino; Os Namorados; Os Novos Trajes do Imperador; Os Saltadores;
Os Sapatos Vermelhos; Soldadinho de Chumbo; Os Sapatinhos Vermelhos; Uma Família Feliz; Nada Como um Menestrel; O Improvisador e O Romance da minha Vida.
A Pequena Vendedora de Fósforos; A Roupa Nova do Rei; As Cegonhas; As Galochas da Fortuna;
Histórias Que o Vento Contou; João-Pato; Nicolau o Grande e Nicolau Pequeno; O Companheiro de Jornada; O Guardador de Porcos; O Isqueiro Mágico; O Jardim do Paraíso; O Menino Mau; O Patinho Feio; O Rouxinol; O Sino; Os Namorados; Os Novos Trajes do Imperador; Os Saltadores;
Os Sapatos Vermelhos; Soldadinho de Chumbo; Os Sapatinhos Vermelhos; Uma Família Feliz; Nada Como um Menestrel; O Improvisador e O Romance da minha Vida.
II
– O TEXTO:
A
PEQUENA VENDEDORA DE FÓSFOROS
Fazia um frio terrível; caía a neve e estava quase escuro; a noite
descia: a última noite do ano.
Em meio ao frio e à escuridão uma pobre menininha, de pés no chão e cabeça descoberta, caminhava pelas ruas.
Em meio ao frio e à escuridão uma pobre menininha, de pés no chão e cabeça descoberta, caminhava pelas ruas.
Quando saiu de casa trazia chinelos; mas de nada adiantavam, eram
chinelos tão grandes para seus pequenos pézinhos, eram os antigos chinelos de
sua mãe.
A menininha os perdera quando escorregara na estrada, onde duas
carruagens passaram terrivelmente depressa, sacolejando.
Um dos chinelos não mais foi encontrado, e um menino se apoderara
do outro e fugira correndo.
Depois disso a menininha caminhou de pés nus - já vermelhos e roxos de frio.
Dentro de um velho avental carregava alguns fósforos, e um feixinho deles na mão.
Ninguém lhe comprara nenhum naquele dia, e ela não ganhara sequer um níquel.
Tremendo de frio e fome, lá ia quase de rastos a pobre menina, verdadeira imagem da miséria!
Os flocos de neve lhe cobriam os longos cabelos, que lhe caíam sobre o pescoço em lindos cachos; mas agora ela não pensava nisso.
Depois disso a menininha caminhou de pés nus - já vermelhos e roxos de frio.
Dentro de um velho avental carregava alguns fósforos, e um feixinho deles na mão.
Ninguém lhe comprara nenhum naquele dia, e ela não ganhara sequer um níquel.
Tremendo de frio e fome, lá ia quase de rastos a pobre menina, verdadeira imagem da miséria!
Os flocos de neve lhe cobriam os longos cabelos, que lhe caíam sobre o pescoço em lindos cachos; mas agora ela não pensava nisso.
Luzes brilhavam em todas as janelas, e enchia o ar um delicioso
cheiro de ganso assado, pois era véspera de Ano-Novo.
Sim: nisso ela pensava!
Numa esquina formada por duas casas, uma das quais avançava mais
que a outra, a menininha ficou sentada; levantara os pés, mas sentia um frio
ainda maior.
Não ousava voltar para casa sem vender sequer um fósforo e,
portanto sem levar um único tostão.
O pai naturalmente a espancaria e, além disso, em casa fazia frio, pois nada tinham como abrigo, exceto um telhado onde o vento assobiava através das frinchas maiores, tapadas com palha e trapos.
O pai naturalmente a espancaria e, além disso, em casa fazia frio, pois nada tinham como abrigo, exceto um telhado onde o vento assobiava através das frinchas maiores, tapadas com palha e trapos.
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