Projeto Memorias

segunda-feira, 25 de março de 2013

DALCÍDIO JURANDIR







        Dalcídio Jurandir Ramos Pereira foi romancista, jornalista e professor. Nasceu em 10 de janeiro de 1909, em Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó. Faleceu no Rio de Janeiro em 16 de junho de 1979. Mudou-se com a família para a capital, Belém, aos 13 anos de idade.

         Em 1928, foi para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar como lavador de pratos em um restaurante. Logo depois, foi admitido como revisor na redação da revista feminina Fon-Fon, mas sem remuneração.

         Dalcídio ganhou projeção literária com seu romance “Chove nos Campos de Cachoeira”, ganhador do Prêmio Vecchi – Dom Casmurro, promovido por uma das mais importantes revistas literárias das décadas de 1930 e 1940. O autor publicou um conjunto de dez livros, conhecido como Ciclo do Extremo-Norte. Obras como “Marajó” (1947), “Belém do Grão Pará” (1960) e “Primeira Manhã” (1967) são algumas que compuseram o Ciclo. O último volume da série, “Ribanceira”, foi publicado em 1978, um ano antes de sua morte. Ainda em 1972, o escritor foi premiado com o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.

         Militante comunista e participante ativo da Aliança Libertadora Nacional, Dalcídio enfrentou perseguições políticas e foi preso algumas vezes na época da ditadura militar no Brasil. Atuou como repórter nos jornais Imprensa Popular e O Radical e na revista Diretrizes. 

          Em 2003, na Casa de Rui Barbosa (Rio de Janeiro), foi criado o Instituto Dalcídio Jurandir, que recebeu dos filhos do autor o acervo de mais de 750 livros de sua biblioteca particular, além de correspondências com Jorge Amado, Graciliano Ramos e com o pintor Cândido Portinari, além dos originais dos romances do autor.


Publicações:

Romance - Chove nos Campos de Cachoeira, 1941; Marajó, 1947; Três Casas e um Rio, 1958; Primeira Manhã, 1968; Ponte do Galo, 1971; Linha do Parque, 1959; Belém do Grão Pará, 1960; Passagem dos Inocentes, 1963; Primeira Manhã, 1968; Ponte do Galo, 1971; Os Habitantes, 1976; Chão dos Lobos, 1976; Ribanceira, 1978.

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