Projeto Memorias

segunda-feira, 25 de março de 2013

ENEIDA DE MORAES



            Eneida de Villas Boas Costa de Moraes nasceu em Belém em 23 de outubro de 1904 e faleceu no Rio de Janeiro em 23 de abril de 1971. Gostava de ser chamada simplesmente de Eneida. Era jornalista, escritora, militante política e pesquisadora brasileira. Porque era filha de um comandante de navios, desde pequena era apaixonada pelos rios e pela Amazônia. Quando criança, obteve o primeiro lugar em um concurso literário para Jovens Escritores com um texto que falava do imaginário de um caboclo amazônida. 
 
             Durante as décadas de 1920 e 1930, escreveu para os jornais O Estado do Pará e Para Todos (RJ) e nas revistas Guajarina, A Semana e Belém Nova, todas em sua terra natal. Aos dezesseis anos, entrou para a Faculdade de Odontologia, graduando-se em 1921 e casando-se nesse mesmo ano. Em 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro e filiou-se ao Partido Comunista do Brasil. Eneida liderou greves e manifestações populares contra o governo federal e o sistema capitalista, que, no seu modo de ver, tentavam oprimir o povo. Fez parte das revoluções dos anos de 1932 e 1935 e por isso foi presa inúmeras vezes durante. Foi torturada e viveu clandestinamente até ser exilada. Conheceu na prisão Olga Benário e Graciliano Ramos, que falou sobre ela no livro “Memórias do Cárcere”. Seu livro História do Carnaval Carioca é considerado pioneiro no assunto. Foi Eneida quem criou o Baile do Pierrô no Rio e em Belém.

Publicações:
 
Poesia - Terra verde, 1930.
Contos - Quarteirão, 1936; Boa noite, professor, 1965.
Crônicas - Paris e outros sonhos, 1950; Cão da madrugada, 1954; Alguns personagens, 1954; Aruanda, 1957; Os caminhos da terra, 1959; Banho de cheiro, 1962;
Ensaio - História do carnaval carioca, 1958; Guia da mui amada cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, 1960; Romancistas também personagens, 1962.

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