Eneida
de Villas Boas Costa de Moraes nasceu em Belém em 23 de outubro
de 1904 e faleceu no Rio de Janeiro em 23 de abril de 1971. Gostava
de ser chamada simplesmente de Eneida. Era jornalista, escritora,
militante política e pesquisadora brasileira. Porque era filha de um
comandante de navios, desde pequena era apaixonada pelos rios e pela
Amazônia. Quando criança, obteve o primeiro lugar em um concurso
literário para Jovens Escritores com um texto que falava do
imaginário de um caboclo amazônida.
Durante
as décadas de 1920 e 1930, escreveu para os jornais O Estado do
Pará e Para Todos (RJ) e nas revistas Guajarina, A
Semana e Belém Nova, todas em sua terra natal. Aos
dezesseis anos, entrou para a Faculdade de Odontologia, graduando-se
em 1921 e casando-se nesse mesmo ano. Em 1930, mudou-se para o Rio de
Janeiro e filiou-se ao Partido Comunista do Brasil. Eneida liderou
greves e manifestações populares contra o governo federal e o
sistema capitalista, que, no seu modo de ver, tentavam oprimir o
povo. Fez parte das revoluções dos anos de 1932 e 1935 e por isso
foi presa inúmeras vezes durante. Foi torturada e viveu
clandestinamente até ser exilada. Conheceu na prisão Olga Benário
e Graciliano Ramos, que falou sobre ela no livro “Memórias do
Cárcere”. Seu livro História do Carnaval Carioca é
considerado pioneiro no assunto. Foi Eneida quem criou o Baile do
Pierrô no Rio e em Belém.
Publicações:
Poesia
- Terra verde, 1930.
Contos
- Quarteirão, 1936; Boa noite, professor, 1965.
Crônicas
- Paris e outros sonhos, 1950; Cão da madrugada,
1954; Alguns personagens, 1954; Aruanda, 1957; Os
caminhos da terra, 1959; Banho de cheiro, 1962;
Ensaio
- História do carnaval carioca, 1958; Guia da mui
amada cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, 1960;
Romancistas também personagens, 1962.
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