Líbero
Luxardo nasceu em São Paulo em 6 de novembro de 1907. Faleceu em
Belém a 2 de novembro de 1980. Foi jornalista, político, escritor
e cineasta. Como escritor destacam-se de sua produção os romances
“Marajó”
e
“Um
dia qualquer”, depois roteirizados.
É considerado peça fundamental na renovação da cinematografia
nacional. Ganham destaque em sua filmografia o curta-metragem
“Aruanã”,além
dos
longas “Um dia qualquer”, “Marajó,
Barreira do Mar e
“Três
Balas e um Diamente”.
Integrou
a Academia Paraense de Letras (APL), tendo ocupado a cadeira de
número 26, para a qual foi eleito em 21 de abril de 1961. Luxardo
é considerado o
pioneiro no cinema na Amazônia, justamente por filmar longas com
técnicos e atores regionais e privilegiando temas amazônicos. Até
mesmo as trilhas sonoras de seus filmes procuravam exaltar a música
do Pará, destacando-se nomes como os de Waldemar Henrique e Paulo
André Barata. Abaixo um trecho do romance “Marabá”:
“As
matas enchendo-se de picos, que os terçados traçavam em mil
direções. Caminhos sem norte, ziguezagueando, imperturbáveis,
atrás das grandes caucheiras... Árvores para a sangria das
machadinhas e para a derrubada impiedosa. E assim deveria ser, porque
em seus troncos está um líquido branco e viscoso que o comércio
reclama. Os caucheiros formavam, em seu tempo, uma verdadeira legião
de bárbaros, arrasando a vida vegetal e também a vida animal das
grande selvas tocantinas”.
Publicações:
Prosa
– Marajó,
sem data; Um
dia qualquer,
s/d e Marabá,
s/d.
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