Projeto Memorias

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

OSVALDO ORICO

















Nasceu em Belém do Pará em 29 de dezembro de 1901 e faleceu no Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 1981.
Foi imortal da Academia Brasileira de Letras, para onde foi eleito à cadeira de nº 10 – fundada por Rui Barbosa - em 1937, tomando posse em 09 de abril de 1938. Pertencia também à Academia Paraense de Letras, eleito em setembro de 1928, e honrou a cadeira de nº 38, cujo patrono era Luis Tito Franco de Almeida. Foi presidente da instituição em 1936 e 1937.
Osvaldo Orico foi sempre uma inteligência precoce. Quando menino, já demonstrava os primores de seu espírito criativo e irrequieto. Ainda jovem, entrou no mundo das letras. Foi ser repórter do jornal “O Estado do Pará”, e logo em seguida redator. Recebeu o apelido de “Tico-Tico da redação” de Tito Franco, que era jornalista do mesmo jornal e admirava a figurinha de homem a rabiscar notícias e reportagens.
Foi para o Rio de Janeiro em 1919. Lá colaborou nos principais jornais e revistas e transformou-se no grande escritor de seu tempo.
Belém da minha infância descuidada
De manhãs de ouro e noites feiticeiras,
Risonha e maternal, toda plantada
De frondosas e altíssimas mangueiras

Cidade-bosque, lírica morada
De árvores colossais e hospitaleiras,
Estendida na mata e debruçada
Sobre o colo oscilante das baleeiras.

Cartão postal de minha mocidade,
Cada trecho que vejo é uma saudade
Que me recorda a terra onde nasci.

Longe de ti, nos braços eu te aperto,
E, vivendo distante, vivo perto,
Porque minha saudade vive aqui.

Publicações:
Dança dos Pirilampos, 1923; Coroa dos Humildes, 1924; Grinalda; Arte de iludir; O melhor meio de disseminar o ensino primário no Brasil, 1928; Vida de José de Alencar; Mitos Ameríndios, 1929; O demônio da Regência, 1930; Vida de José do Patrocínio, 1931; O Condestável do Império, 1933; Selva, 1937.

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